Quem não conhece o popular "Malan"? Figura conhecida e até mesmo folclórica na cidade de Maringá, que circula pela cidade anotando nomes de quem queira receber oração. mas nem sempre foi assim, Malan era alcoólatra e morava nas ruas, passava os dias embriagado e na hora de dormir procurava uma das igrejas da Vila Operária, a São José ou a Divino Espírito Santo. Se a igreja não estivesse trancada, entrava e se acomodava em um banco ou em um canto. Caso contrário, dormia na porta, pelo lado de fora. Muitas e muitas vezes foi expulso das igrejas, pois sua figura causava repulsa às pessoas. No 5 de maio de 19 anos atrás, O padre Bernardo Alphonse Cnude, Padre Bernardo, chamou Malan e disse que ia fazer uma oração para que ele jamais voltasse a ingerir bebidas alcoólicas. E assim aconteceu. O padre rezou, Malan se levantou e nunca mais bebeu. Mesmo depois da morte do Padre Bernardo, Malan comemora seu aniversário todo o dia 05 de maio no salão de festas da igreja Divino Espírito Santo, com dois bolos, um seu e outro para o padre Bernard.
Só que ano que vem ele não poderá mais comemorar no salão da Divino Espírito Santo, o padre atual, Julio Antonio da Silva (Padre Julinho) proibiu sem motivo aparente a realização da festa no salão da igreja. Malan está muito triste, disse: "a 14 anos eu comemoro neste local, e hoje o padre disse que não pode". Muitas vezes eu critiquei o comportamento autoritário e arrogante de certos padres da Diocese de Maringá, pelo visto alguns ainda pensam que são os "donos" da igreja, não ajudar uma pessoa tão simples como o Malan, é sinal de falta de compaixão e amor pelo próximo, se tiver de ser padre por profissão e não por vocação, melhor ter escolhido outra área de trabalho, afinal, o que a utilização de um salão que a anos acolheu um "sobrevivente" como Malan (salão este que também é da comunidade), iria atrapalhar ou dar prejuízo para a paróquia? (Blog do Carlão)