Enquanto na Assembleia o script era seguido à risca, no Tribunal de Justiça avançava uma outra estratégia. Passava das 17h desta terça, quando a Procuradoria Geral do Estado (PGE) protocolou uma Ação Declaratória de Ilegalidade de Greve, com a tarja de urgente, endereçada ao excelentíssimo senhor desembargador Marcelo Wallbach Silva — relator do processo movido pelo governo contra a paralisação da APP Sindicato. É o mesmo processo em que dias antes, a desembargadora substituta Dilmari Helena Kessler determinava a suspensão do início da greve com aplicação de multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento da entidade representativa dos professores.
A Ação Declaratória de Ilegalidade de Greve, proposta pela PGE, informava ao juízo que mesmo a APP Sindicato e a presidente, Walkiquiria Olegário Mazeto, citadas da decisão do TJ, a paralisação dos educadores se iniciou na segunda-feira (3) “revelando o total descaso da APP Sindicato e sua presidente em relação à determinação judicial bem como à multa pecuniária aplicada em caso de descumprimento da ordem”, diz um trecho da ação da PGE obtida pelo Blog Politicamente.
Dinheiro em caixa e prisão imediata — A PGE citou ainda que durante a noite do dia 03 de junho, depois que o projeto Parceiro da Escola já havia sido aprovado em 1ª discussão pelos deputados estaduais, “a APP – Sindicato comunicou através de suas redes sociais a manutenção da greve, mais uma vez demonstrando desobediência à ordem judicial proferida”. Diante disso, o governo pediu ao desembargador Marcelo Wallbach Silva que aumentasse a multa de R$ 10 mil para R$ 100 mil — indicando lastro financeiro da entidade sindical, que, segundo a PGE, teria R$ 33,8 milhões em caixa e pouco mais de R$ 2,2 milhões aplicados numa poupança.
E por fim, requerendo “a imediata prisão da sra. Walkiria Olegário Mezeto, atual presidente da APP – Sindicato, pelo crime de desobediência”. A ação é assinada pela Procuradora do Estado do Paraná, Mariana Carvalho Waihrich. " LEIA MAIS "
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