Osmar Dias pode até desistir de ser candidato a governador

O acordo entre PDT e PT no Paraná era dado como certo até a semana passada, mas sofreu turbulências e ninguém mais sabe para que lado vai. Mas uma coisa continua certa: ele está bem mais perto de sair do que virar água.
Por isso é preciso entender o que realmente trava o processo de negociações. Aí vai o que acontece nos bastidores:
Osmar Dias tem receio de fechar com o PT e afugentar outros partidos. Por isso a intenção de negociar um pacote com toda a base do governo em Brasília.
Quem é a tal base com quem Osmar quer contar? PR e PSC estão garantidos, mas pesam muito pouco. Faltam o PP e o PMDB, esses sim relevantes.
Senadora Gleisi já decidiu que será candidata ao Senado. A decisão não interessa ao PP, que quer lançar Ricardo Barros, e ao PMDB, que tem Requião como candidato.
Osmar não peitou o desejo de Gleisi na reunião com Lula. Mas pediu que o PT se entendesse, por conta própria, com PP e PMDB.
É difícil acreditar que o PMDB, que já anunciou a candidatura de Orlando Pessuti e é chefiado pelo diplomata Roberto Requião, vai topar se aliar com Osmar...
Ricardo Barros está magoado por ter sido escanteado na negociação entre PT e PDT. Hoje admite que está bem mais perto do PSDB de Beto Richa.
Ricardo Barros teria sido procurado por emissários do governo federal para saber se ele toparia ser candidato a governador, caso Osmar desista.
As objeções de PP e PMDB à candidatura ao Senado de Gleisi são praticamente intransponíveis para o PT. A cada dia isso fica mais claro.
Com isso, fica difícil cumprir o acerto com Osmar. Mas... Sem os petistas, quem vai apoiar a candidatura dele? Só PSC e PR não dão nem para a largada.
Há correntes que dizem que Serra tem procurado Osmar para ter palanque duplo no Paraná. De brinde, o senador ainda poderia negociar melhor com PPS e DEM.
Osmar pode não estar sintonizado com os petistas, mas tampouco gostaria de verdade de ficar com o PSDB.

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