Jovem é encontrada morta na UEM

Uma jovem foi encontrada morta no início da tarde desta terça-feira (3) no câmpus sede da Universidade Estadual de Maringá (UEM), em Maringá. O corpo estava no último andar do bloco F-90, que está em construção. Dado o estado de decomposição avançado, a polícia acredita que o crime tenha ocorrido há mais de 24 horas. 
O corpo foi localizado por volta das 14h por um vigilante da universidade que fazia rondas no bloco em construção. O prédio que abrigará o Departamento de Química começou a ser construído em 2012, mas teve as obras suspensas no ano passado e ainda não há previsão de retomada. A vítima - que estava sem documentos e aparenta ter entre 18 e 20 anos - foi deixada sob uma coberta. Segundo o delegado-titular da Delegacia de Homicídios, Diego Elias de Freitas Rodrigues de Almeida, a jovem foi agredida e morta a pedradas, desferidas principalmente na cabeça, causando afundamento no crânio. Próximo ao corpo, os investigadores encontraram uma sacola com calçados femininos e objetos pessoais, supostamente da vítima. 

No cômodo também foram encontrados uma corrente arrebentada e um brinco, indícios de que a vítima e o agressor entraram em luta corporal. O delegado acredita que a moça tentou fugir do agressor, mas foi impedida ao ser atingida por uma pedrada na cabeça. Marcas de sangue indicam que as agressões ocorreram perto da escada e o corpo, já sem vida, foi arrastado até o cômodo e encoberto posteriormente Até as 16h30, a vítima - descrita como uma pessoa loira, 1,65 metro de altura e pele clara - não havia sido oficialmente identificada. A educadora social da UEM, Cleonice Aparecida Torino, chegou a identificar a vítima como Ana Paula, mais conhecida como Paulinha, uma jovem que conheceu através do trabalho social realizado com mulheres em situação de risco e moradoras de rua. Cleonice contou que viu Paulinha pela última vez há dois dias. Na ocasião, ela empurrava o carrinho de recicláveis com o qual trabalhava e estava acompanhada de dois homens. O carrinho foi encontrado pela polícia perto de um córrego, a poucos metros do bloco F-90. Horas depois, uma funcionária da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Sasc) compareceu ao Instituto Médico-Legal (IML) e afirmou que o corpo não é de Ana Paula. O vice-reitor da UEM, Júlio César Damasceno, acompanhou o trabalho da perícia e disse que, apesar dos esforços e do trabalho constante de vigilância, a direção tem dificuldades para controlar a entrada de pessoas estranhas no câmpus. Ele admitiu que os prédios em construção acabam servindo de abrigo e ponto de encontro para usuários de drogas, principalmente após a paralisação da obras. O tenente-coronel Antônio Roberto dos Anjos Padilha, do 4º Batalhão da Polícia Militar (BPM), também esteve no local e disse que pretende discutir com representantes da UEM ações para intensificar a segurança no câmpus. "Infelizmente os blocos em construção se tornaram hotel de usuários de drogas, apesar do trabalho preventivo realizado pela vigilância da universidade. A solução seria a conclusção da obras, mas até lá vamos sentar com a prefeitura e reitoria do câmpus para ver de que forma a PM pode contribuir para reforçar a segurança", destacou. (ODiário)

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