A casa caiu e a Polícia Federal está em busca dos corruptos da Petrobrás

A Polícia Federal cumpre nesta sexta-feira seis mandados de prisão preventiva, 21 de prisão temporária, nove de condução coercitiva e 49 mandados de busca e apreensão na sétima fase da Operação Lava-Jato, que investiga desvios e lavagem de dinheiro, boa parte ligado a obras da Petrobras. 
Nesta nova fase da Operação Lava a Jato, por volta das 7h, a PF prendeu o ex-diretor de Serviços e Engenharia da Petrobras Renato Duque. Segundo o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, assim como ele, também o então diretor de Serviços Renato Duque recebia propinas do esquema de corrupção montado na empresa e foi colocado na diretoria pelo ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu. Só um dos supostos cúmplices de Renato Duque recebeu 100 milhões de dólares. Esta é a sétima fase da operação que investiga a lavagem de dinheiro de cerca de R$ 10 bilhões em um esquema de propina envolvendo contratos e negócios da Petrobras. 

Renato Duque foi mencionado ter participado do esquema pelo ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa preso pela PF desde março último, em delação premiada. Em documento da própria Petrobras apontava que a diretoria de Renato Duque foi responsável pelas 12 licitações das obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Os mandados são cumpridos em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, Pernambuco e Distrito Federal. Foi decretado bloqueio de aproximadamente R$ 720 milhões em bens pertencentes a 36 investigados. Foi decretado também o bloqueio de valores de três empresas referentes a um dos operadores do esquema criminoso. Os envolvidos ​​respondem por formação de cartel, corrupção, fraude à Lei de Licitações e lavagem de dinheiro, além de formação de quadrilha. Os grupos investigados na Operação Lava-Jato registraram, segundo dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras), operações financeiras superiores a R$ 10 bilhões.​ O maior número de prisões está sendo realizado em São Paulo, onde são cumpridos dois mandados de prisão preventiva, 15 de prisão temporária e nove conduções coercitivas na capital, uma em Jundiaí e uma em Santos, além de 29 mandados de busca e apreensão de documentos. No Rio de Janeiro são seis mandados de prisão – duas preventivas e quatro temporárias. No Distrito Federal será cumprido um mandado de prisão preventiva e um de busca e apreensão. Os demais mandados estão sendo realizados em Curitiba (uma prisão preventiva e dois mandados de busca) , Pernambuco (dois mandados de busca) e Minas Gerais

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