Operação Nebulosa da PF prende envolvidos com importação na região

Duas pessoas foram presas em Maringá pela Polícia Federal (PF) durante a Operação Nebulosa, deflagrada na manhã desta terça-feira (16-09-14) com apoio da Receita Federal. 
O alvo é uma associação criminosa que atuava com importação irregular de produtos, principalmente, nos Portos de Itajaí e Navegantes, em Santa Catarina. No total, foram cumpridos 32 mandados sendo sete de prisão temporária e 25 de busca e apreensão - em empresas, residências dos envolvidos e órgãos públicos. No Paraná, além das duas prisões, os policiais cumpriram dois mandados de busca e apreensão em Maringá e um terceiro em Paiçandu. Os endereços não foram divulgados pela PF. 
A Operação Nebolosa também teve desdobramentos em Itajaí (SC), Balneário Camboriú (SC), São Paulo (SP), Santo André (SP), Santos (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Maceió (AL). 

Cumpre-se ainda, decisão judicial de sequestro de bens no valor aproximado de R$ 10 milhões, inclusive em Miami, na Flórida, e bloqueio de valores nas contas bancárias de alguns dos investigados. A investigação identificou condutas ilícitas praticadas por grupo de pessoas que atuam na importação de produtos, principalmente da China e dos Estados Unidos. Importadores, empresários e despachantes aduaneiros integram a associação criminosa, havendo também a apuração da possível participação de servidores públicos federais e de peritos técnicos credenciados pela Receita Federal do Brasil. O esquema seria comandado por uma empresa sediada em Itajaí, dirigida por dois irmãos que já foram alvo de investigação policial pela participação em fraudes semelhantes (Operação dilúvio), sendo que um deles reside, atualmente, com a família em Miami. Comprovou-se ainda que a organização criminosa conseguiu obter informações sigilosas quanto aos controles aduaneiros realizados pela Receita Federal e pelo DECEX – Departamento de Operações do Comércio Exterior, a fim de burlá-los. A quadrilha pode responder pelos crimes de associação criminosa, contrabando ou descaminho, facilitação para o contrabando ou descaminho, violação de sigilo funcional, falsidade ideológica, falsidade documental, uso de documento falso, sonegação fiscal, falsificação de marcas e contrafação, remessa ilegal de valores ao exterior e lavagem de dinheiro. O trabalho investigativo contou com o apoio do Departamento de Operações de Comércio Exterior (Decex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, e com a troca de informações com as autoridades alfandegárias dos Estados Unidos. (ODiário)

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