Na simulação de segundo turno, estreitou-se a diferença entre Dilma e Aécio, ainda que dentro da margem de erro. Há dez dias, ela venceria o tucano por 41% a 33% — oito pontos de diferença. Agora, ela tem 42%, e ele, 36% — cresceu 3 pontos, fora da margem de erro. Seis pontos apenas os separam. A distância entre a petista e Campos segue sendo a mesma, com números distintos, já que os dois avançaram. Na pesquisa anterior, ela o bateria por 41% a 29% (12 pontos); agora, por 44% a 32%.
É claro que o resultado é positivo para Aécio, especialmente porque os petistas apostaram todas as fichas na história do aeroporto de Cláudio. Pode-se até indagar até onde a avalanche de notícias a respeito impediu que ele crescesse ainda mais. Uma coisa, no entanto, é certa: não tirou os votos que já tinha — e, tudo indica, no período, ele ganhou novos eleitores.
Avaliação de governo
A opinião dos brasileiros sobre o governo pode ter melhorado um pouquinho, bem pouquinho. Segundo o Ibope, há 10 dias, 44% aprovavam o jeito como Dilma governa o país; agora, são 47%. Os que desaprovavam eram 50%; são, agora 49%. De todo modo, a reprovação segue sendo maior do que a aprovação.
Em julho, 31% diziam que o governo era ótimo ou bom; desta vez, 32%. Consideravam-no apenas regular 36%, ante 35% agora. O governo é ruim ou péssimo para 31%; no mês passado, eram 33%. Os números se movem na margem de erro.
Dilma não tem muito o que comemorar. Os tucanos podem, sim, considerar satisfatório o resultado, já que a avalanche de notícias sobre o tal aeroporto não parece ter arranhado a credibilidade de Aécio junto àqueles iam votar nele. Muito provavelmente, ele ganhou eleitores novos. (Por Reinaldo Azevedo)
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