Cultos e rituais na morte de uma menina de 6 anos - Mãe é acusada

Maria Clara Zortea Ramalho, 6 anos, estava desaparecida desde fevereiro. O pai, Jeferson Zortea Ramalho, já desconfiava que o pior pudesse estar acontecendo. Em março ele procurou a delegacia (15ª SDP) e o Conselho Tutelar, fez um Boletim de Ocorrência e registrou o sumiço da filha. "O Conselho foi acionado tudinho, mas eles não podiam fazer nada". Ele estava separado da mulher há cinco anos, mas sempre conviveu bem com a ex, e visitava a menina regularmente, o relacionamento mudou no início do ano. "A gente se dava bem, mas no início do ano quando ela conheceu essa mulher tudo mudou, passou a ser um inferno". Jeferson acompanhou as buscas pelo corpo da menina que iniciaram na noite de ontem (28-07-14) e foram retomadas nas primeiras horas da manhã (29). 

Às 9h as equipes da polícia civil e soldados do Corpo de Bombeiros já estavam na propriedade rural, localizada a um quilômetro da BR 277 entre Cascavel e Santa Tereza do Oeste. Meia hora depois a cova onde a criança estava era descoberta com a ajuda das principais suspeitas: a mãe da menina de seis anos e amiga dela. Um bombeiro percebeu a terra fofa e indicou o buraco de aproximadamente 50 centímetros onde o corpo foi enterrado. Ossos e um pedaço de pano foram resgatados para a perícia. Os investigadores escavaram com bastante cuidado. Durante o trabalho as acusadas negavam o crime. "Eu não fiz nada", disse a mãe. Primeiro a mãe da menina, Vanessa Aparecida Ramos do Nascimento, que já tinha anteriormente confessado o crime à polícia e indicou onde a filha estava enterrada. Em seguida a amiga, Giulia Albuquerque. "Eu não fiz nada disso, eu não sou louca, não sei de nada disso e mais cedo ou mais tarde vai ser provado". "Não tem nada a ver com prática religiosa, a gente vinha fazer oração aqui. Não existe, é coisa de louca, ela é louca. As vezes ela batia, e eu não tenho o porque de bater em crianças dos outros. A verdade, a justiça irão aparecer". O pai e o avô acompanharam indignados o desfecho do sumiço da pequena Maria Clara. Adão Ramos dos Nascimento estava desesperado. Pai da acusada, não conseguia acreditar no que estava acontecendo. A outra neta, filha da acusada, de dois anos, está com os avós desde ontem. "Ela saiu de casa e já procuramos o Conselho. A gente vai atrás, e tem que ir atrás quando tem a denúncia. Se é no começo que vão atrás, não adianta deixar passar o tempo". "Quando ia lá ela fechava a porta e não deixava o Conselho entrar. Tem que mudar o Conselho, ir com um mandado de busca e entrar no local". Agricultores da região disseram que são comuns pessoas praticando cultos e rituais no local. A suspeita, Giulia afirmou que frequentava a região. (CATVE)

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