Caso Tatiane Jesualdo - 26-06-14

A Polícia Civil de Campo Mourão confirmou na tarde desta quinta-feira (26-06-14), que Tatiane Jezualdo, 24 anos, foi morta por esganadura e esquartejada pelo técnico em manutenção elétrica Anderson de Oliveira, 28. O rapaz era colega de trabalho da vítima e foi preso uma semana após o desaparecimento da jovem em Ubiratã, onde o crime aconteceu. 
Em entrevista coletiva, o delegado-adjunto e operacional da 16ª Subdivisão Policial (SDP), Marino Marcelo de Oliveira, também confirmou ter um vídeo gravado pelo suspeito com um celular, no qual Tatiane aparece apenas com roupas íntimas. "Ele [Oliveira] filmava com a mão esquerda enquanto segurava a vítima com a direita", diz o delegado. Desesperada, a garota pergunta várias vezes se Anderson iria matá-la e ele responde que não. Em outra parte do vídeo, Tatiane implora para não ser machucada. Embora a jovem apareça seminua no vídeo, Anderson nega ter abusado sexualmente dela. O celular onde o vídeo foi gravado ainda está na Polícia Científica de Cascavel. 
O laudo do exame de conjunção carnal ainda não foi concluído. Autuado em flagrante por homicídio qualificado, Anderson se recusou a prestar interrogatório e afirmou que só falaria na presença do juiz. Inicialmente, ele afirmou desconhecer o vídeo em seu celular e negou a autoria do crime. "Ele dizia que não sabia como o vídeo tinha ido parar em seu aparelho e insistia que a jovem tinha morrido de um mal súbito. Confirmava apenas que tinha jogado o corpo no Rio Piquiri." O técnico mudou sua versão depois que partes do corpo da vítima foram encontradas no Rio Carajás, em Ubiratã, onde Tatiane morava. "Ele admitiu ter matado Tatiane por esganadura, às margens do Rio Piquiri, e depois levado o corpo para o Rio Carajás. Antes, porém, parou numa clareira que conhecia para esquartejar o corpo com um facão que mantinha dentro do carro, um Corsa branco", relatou o delegado. 
Sobre a motivação apresentada por Anderson para o crime, Marino disse ter aceitado-a com reservas. Para justificar o vídeo, o técnico assegurou que Tatiane teria ameaçado mostrar ao seu chefe uma foto de um carro da empresa encalhado por ele durante o trabalho. Segundo o suspeito, a revelação da foto lhe traria transtornos. "Fiz o vídeo dela seminua para evitar que ela mostrasse a foto ao meu chefe. Eu só queria dar um susto nela", disse ele ao delegado. 
Anderson contou que tentou queimar o corpo, mas não conseguiu. Às margens do Rio Carajás foram encontradas as roupas, calçados, bolsa e documentos da vítima queimados. O rapaz ainda disse ter usado o celular de Tatiane para enviar mensagem de texto para a mãe e tia da garota, se passando por ela, no dia do crime. Na mensagem, disse que estava indo a trabalho para outra cidade e retornaria no dia seguinte. No dia seguinte queimou celular numa fornalha da empresa. 
Segundo ainda o delegado, o motivo apresentado por ele para matar Tatiane não faz sentido. "Ele atolou o carro enquanto trabalhava. Isso não é motivo para causar transtorno algum para um funcionário", afirmou o delegado, acrescentando que o vídeo foi feito numa estrada vicinal, um local ermo, logo após Anderson sair da rodovia. "Já investiguei vários crimes, mas nenhum tão drástico, violento e sem motivação clara como este." Embora o trabalho de investigação esteja concluído, a Polícia Civil ainda aguarda laudos de exames periciais do Instituto Médico-Legal (IML) e da Polícia Científica, que serão anexados ao inquérito antes do envio à Justiça. (ODiário)

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